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Sente-se vamos tomar uma xícara de chá

  • Eduardo Brum
  • 9 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Era mais um dia comum, um dia clichê se olhar para os dias da minha vida, botei a água no fogo, pedi para que minha esposa cuidasse da água para o café, fui comprar pão. Engraçado essas coisas que acontecem quando vamos a padaria. Havia um rapaz na fila do pão, ele puxou assunto, falava coisas sobre o céu a água e o ar, não, mentira! Não pude me furtar a referência. O que me interessou em sua fala era relativo aos seus personagens da vida, um pensamento que nunca me ocorrera, eu era tão eu, e ele me falando que em cada situação de sua vida ele era outro. Ele era filho com sua mãe, pai com o seu filho, marido com sua esposa, aluno em seu curso de pós graduação e tinha um outro ele profissional. Ali na fila, conversando comigo, se dizia ser o Robson. Enfim, paguei meu pão e fui tomar meu café. Aquela conversa ficou marcada na cabeça, pois como poderia ele ser o Robson, se Robson era eu? Ah, me lembrei, ele era o Cleber! Naquele momento, enquanto eu tomava o meu café, me dei conta, só um pouco, sobre o lance de personagens que ele me alertou. Ali na mesa do café, além de mim, estavam minha esposa e meu filho, pude perceber que meu comportamento era diferente quando minha fala era direcionada a minha esposa e quando a mesma era direcionada ao meu filho. Eram 7 horas agora, eu chegava na escola quase com o portão fechando. Ali na entrada estavam a Bruna, Lívia, Guilherme e o Renato. Nos cumprimentamos e fomos assistir as aulas, como havia dito antes, o dia na escola só poderia ter sido comum, clichê. O sinal bateu, como tinha consulta com o psicólogo, minha mãe veio me buscar, nos encontramos com o meu pai e almoçamos. O almoço foi padrão, arroz, feijão, fritas e um belo baby beef. As 14 horas chegamos ao consultório do psicólogo, ele era sempre muito pontual, logo que chegamos ele anunciou meu nome: - Pode entrar Sandra. Como de praxe, a sessão passou rápido, expliquei sobre o que estava acontecendo comigo naquele momento, inclusive falei sobre o rapaz da fila do pão, era Cleber? Expliquei sobre o questionamento que ele me trouxe sobre os personagens de sua vida. O legal é que na sala desse psicólogo existia um espaço kids, Robson pode ficar lá durante a sessão. Eu tinha muito trabalho para fazer naquele dia após minha sessão, minha agenda estava lotada! Chamei o próximo paciente. - Pode entrar Robson! - Boa tarde doutor Cléber, como vai? Quando me dei conta, a água começou a ferver e eu preparei o café.

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11 de mai. de 2020

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